Outro personagem dos Quadrinhos brasileiros nitidamente inspirado no Django do cinema, e produzido anteriormente ao Django de Luís Meri e Rodolfo Zalla, foi Canyon, que teve ao menos um gibi lançado pela Editora Roval na primeira metade da década de 70 do século XX, mostrando histórias escritas por Victor Martins e José Sebastião Penteado, ilustradas por Hugo Martins e Wilson Fernandes (arte-final). Canyon era um fugitivo da justiça que, além de se esconder das garras da lei, vivia se metendo nas encrencas alheias – e, para resolvê-las, contava sempre com a força de seus punhos e a boa pontaria no manejo do colt. Tal como o Django do cinema, Canyon possui ar misterioso e soturno, além de usar o poncho, que é marca registrada nas telas com o ator Franco Nero. E, como todo bom herói de spaghetti western que se preze, Canyon é impreterivelmente surrado pelos malfeitores, antes de revidar com sua pontaria certeira. Os roteiros das aventuras de Canyon nos Quadrinhos até que não eram ruins, os desenhos, entretanto, meio desleixados (certamente os autores poderiam fazer melhor, não fosse a correria do mercado editorial do período), não são muito animadores.
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