

Os primeiros anos da década de 50 do século passado foram de grande vulto para o cinema brasileiro, com a exibição de um filme que se tornaria um grande clássico entre os cinéfilos: O Cangaceiro, de Lima Barreto (não é o famoso escritor carioca, mas um homônimo), que ganhou prêmios no exterior e transformou seu principal protagonista, Milton Ribeiro, em astro de renome internacional. Na época, Ribeiro tinha como vizinho um artista das Histórias-em-Quadrinhos, e com isso pensou em contatá-lo para uma possível versão do filme O Cangaceiro para as páginas de gibi. O artista em questão atendia pelo nome de Gedeone Malagola, então um jovem de 30 e poucos anos que dava seus primeiros passos como roteirista e ilustrador de HQs na paulistana Editora Júpiter, de Auro Teixeira (Ribeiro e Malagola residiam em Jundiaí, próximo da capital paulista). As negociações para se conseguir os direitos do filme não avançaram, e Milton Ribeiro pensou em transformar a si mesmo, ou por outra, apresentar um personagem vestido de cangaceiro chamado exatamente... Milton Ribeiro! E o ator deu carta branca ao vizinho & amigo Gedeone, só exigindo que o personagem fosse totalmente voltado ao Bem, e por isso que o Milton Ribeiro do gibi é diferente do sádico & violento Capitão Galdino, personagem que o ator interpretou no laureado filme. Muito ao contrário, Milton Ribeiro estava sempre ao lado da lei e da justiça.






Gedeone Malagola (de pé) e Mílton Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário